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Quer um filho bem sucedido financeiramente? Ensine-o desde cedo

16 jan

Pessoas queridas,

Sempre acreditei, e ainda acredito, que as escolas brasileiras deveriam ter matérias que preparassem as crianças para a vida. Obviamente as disciplinas tradicionais enchem a mente das crianças com cultura, nunca dispensável. Mas no Brasil, não temos muitos ensinos práticos, como Economia Doméstica. Por quê não preparar nossas crianças para que sejam melhores em gerir suas casas, suas finanças no futuro?

Como não há um preparo complementar por parte das instituições de ensino, este aprendizado deve ser treinado em casa, como já seria de dever de qualquer forma. Todos os dias.  Afinal, já foi dito: “Crianças são grandes imitadoras. Então dê a elas algo ótimo para imitar.”

Uma pesquisa realizada pela  The Mint, organização americana que atua junto ao Conselho Nacional de Educação Econômica dos Estados Unidos desde 77, cujo site fornece ferramentas para ajudar pais e educadores a ensinar crianças a gerenciar dinheiro de forma sábia e desenvolver bons hábitos financeiros (March 2010 Themint.org poll) , mostrou que os pais possuem a maior influência na maneira com que as crianças poupam e/ou gastam dinheiro, mais do que amigos, celebridades ou seus professores. Acredite ou não, os pais moldam a maneira com a qual a criança gerencia seu dinheiro mais do que qualquer pessoa.

Questões a serem consideradas

O modelo que a The Mint sugere considera um sério comprometimento por parte dos pais, que devem reavaliar seu comportamento e o exemplo que estão dando a seus filhos, fazendo uma auto-análise:  

  • Meus filhos me vêem economizar?
  • Eles me vêem comprando mais frequentemente em outlets (lojas de desconto) ou lojas de produtos premium?
  • Eu deixo transparecer que fazer compras é entretenimento para mim?
  • Eu espero para comprar um item na época de liquidação?
  • Eu pechincho, peço desconto?
  • Meus filhos já me viram economizando para poder comprar itens mais caros ou passo o cartão de crédito assim que vejo algo que quero?
  • Quando faço compras maiores ou de itens mais caros, eu pesquiso marcas e preços?

(Guardem as devidas proporções entre as realidades dos 2 países, ok?)

Como ensinar?

São poucas coisas simples que fazem uma grande diferença: 

  • Envolva seu filho nas conversações diárias sobre dinheiro. Use situações da vida real para ajudá-lo a apreender melhor a lição. 
  • Use um supermercado como “sala de aula”. Converse durante as compras como se estivesse ajudando os jovens compradores a pesar todos os fatores que devem ser considerados em uma decisão de compra.
  • Estenda a lição do supermercado para o shopping. Reforce o gasto inteligente, não a gratificação imediata. Espere pelos descontos, guarde dinheiro para compras maiores e pague a vista ao invés de pagar no crédito. 
  • Enfatize o planejamento. Faça uma lista antes de entrar em uma loja para ensinar a criança a ter foco além de evitar as compras por impulso. 

Alinhar seus atos e suas palavras trazem a lição dentro de casa. Comece cedo e estará plantando um futuro de segurança financeira para o seu filho.

Dani

O sonho de ser Mãe e a dificuldade de engravidar – Parte II

15 jan

Oi Pessoal,

Bom dia!

Como prometido, segue o resto do começo da minha história como mãe. Que, Graças a Deus, como vão ver, teve um final feliz. Mais do que feliz.

“Naquele ponto de desespero em que estava, pensei em adoção, mas essa não era uma alternativa de consenso com meu marido. Fiquei tão chateada que pensei até em me separar, assim quem sabe eu conseguiria adotar uma criança, mas sabia que seria mais difícil…loucuras de uma mulher que queria muito ter um filho.

Foi aí, depois de brigar com todos os deuses, limpar os meus guarda-roupas de todas as coisinhas de bebês que eu havia comprado em anos anteriores decidi que seria mãe de todo o jeito, se não fosse do meu próprio filho, natural ou adotivo, seria do filho alheio, distribuiria aquele amor maternal que gritava em mim e precisava se materializar mesmo que fosse com os filhos de outros, filhos que realmente precisassem do meu amor.

Encontrei uma instituição próxima à minha casa que abriga crianças de 0 a 6 anos que estão sob custódia da justiça, o que significa que ficam no abrigo até que a justiça decida para onde elas devem ir: se voltam para casa dos pais, parentes ou se vão para adoção. Crianças normalmente oriundas de lares desestruturados, que passaram por abusos, torturas e por aí vai.

Meu 1º. dia lá foi bom e triste ao mesmo tempo. Pude extravasar todo meu amor maternal entre os bebês que precisavam ser alimentados, trocados, entre os pequeninos que descobriam-se em seus 1os passinhos, os maiorzinhos que brincavam desconfiados e arredios com os novos voluntários. Saí tentando entender se aquilo realmente me faria bem, por quê, logo eu que queria tanto ser mãe, que tinha um lar estruturado e muito amor para dar ao meu esperado filho tinha que me deparar com bebês subnutridos por maus tratos, crianças de 2, 3 anos com seus pequenos corpos marcados por tortura doméstica?

Que lição (ões) Deus estava tentando me ensinar e que eu não conseguia entender?

Bem, confesso que não estou bem certa se havia uma lição em especial ou se eram várias, o fato é que após 3 meses nesse aprendizado, tive uma surpresa inesperada. Fazia 1 mês que eu trabalhava como uma condenada, recebendo executivos estrangeiros, imersa em reuniões, relatórios, cheguei a ficar 1 semana em treinamento no exterior, quando retornei, passado alguns dias notei  que minha menstruação tinha atrasado um pouco além do normal.

Minha cabeça logo começou a viajar, mas o medo e angústia de uma nova decepção eram tão grandes que, por dias não ousei comentar minha suspeita, nem comigo mesma. Ao deitar, à noite conversava com Deus e Nossa Sra. Aparecida (minha santa de devoção) e perguntava: “Por favor, se minhas suspeitas estiverem corretas, mandem-me algum sinal!” e imediatamente sentia uma trepidação muito sutil no ventre que parecia como uma leve cólica.

Assim fiz por dias, até que num domingo às 6 da manhã, após um sábado inteiro pensando se fazia o teste da farmácia que havia comprado naquele dia, vi ali as tão esperadas 2 listrinhas, imediatamente após urinar, sem precisar de tempo de pausa. Mesmo assim esperei a tal pausa, caminhei até a cozinha como quem pisa em ovos para não acordar meu marido e quando conferi o teste após a pausa, mal pude acreditar, ali estava meu tão esperado sonho, meu bebê à caminho.

Saí do banheiro gritando, meu marido ainda meio sonolento me perguntou: “Mas como você tem certeza? Esses testes funcionam mesmo?” Logo eu, que já havia feito dezenas deles não saberia identificar? No mesmo dia fui ao laboratório fazer o exame de sangue que só confirmou o que eu já sabia. No dia seguinte, às 7h, eu e meu marido pregados na tela do computador comemorando um sonho que se iniciava.

 Bem, nos meus próximos textos compartilharei com vocês sobre esse sonho que se materializa dia-a-dia, agora já na figura de um lindo menino, alegre, que já se demonstra travesso, de 1 ano e 1 mês, que verdadeiramente é a razão do meu viver e  meu projeto de vida pelo resto da minha existência – não há trabalho, relatório ou reunião mais importantes do que ele.

Mas antes de eu poder viver esse amor tão puro, tão intenso, tão generoso e tão libertador, que é o amor materno eu tive a honra e o prazer de sentí-lo com outros filhos, que não o meu, e acabei por entender o “Amai o próximo como a ti mesmo”. Quem sabe Deus me colocou em recuperação nessa Lição, justamente para eu me preparar para a próxima: “Os Filhos não são nossos e sim do Mundo”- ou algo equivalente, aguardem.”

Beijos,

Raquel – Rach

Leiam a Parte I deste post: https://opiniaosa.wordpress.com/2012/01/14/o-sonho-de-ser-mae-e-a-dificuldade-de-engravidar-parte-i/

Educação Infantil – Como falar com seu filho sobre o peso?

3 jan

Pais,

Vocês já contaram quantas crianças vêem na rua que estão acima do peso ultimamente? Contem. Vão ficar chocados! Eu fiquei, quando estava pesquisando para este post. Também fiquei pensando se os pais destas crianças admitem o fato, ou mesmo se percebem.  Deve ser complicado em muitos casos.

A obesidade infantil vem crescendo de maneira alarmante no Brasil. Diversas matérias com estatísticas vêm sendo publicadas na mídia como forma de alerta aos pais.

A obesidade é uma enfermidade crônica que se acompanha de múltiplas complicações, caracterizada pela acumulação excessiva de gordura em uma magnitude tal que compromete a saúde, explica o Consenso Latino Americano em Obesidade. Entre as complicações mais comuns está o diabete mellitus, a hipertensão arterial, as dislipidemias, as alterações osteomusculares e o incremento da incidência de alguns tipos de carcinoma e dos índices de mortalidade.
A obesidade é ainda o resultado de ingerir mais energia que a necessária. Não há dúvidas que este consumo excessivo pode iniciar-se em fases muito remotas da vida, nas quais as influências culturais e os hábitos familiares possuem um papel fundamental. Por isso dizemos que a obesidade possui fatores de caráter múltiplo, tais como os genéticos, psicosociais, cultural-nutricionais, metabólicos e endócrinos. A obesidade, portanto, é gerada pela interação entre fatores genéticos e culturais, assim como familiares.
Ainda de acordo com o Consenso, existe uma clara tendência entre os membros de uma mesma família possuírem um índice de massa corporal (IMC) similar. São várias as publicações científicas que demonstraram uma correlação entre o IMC de pais e filhos, o que sugere que, provavelmente, tanto os genes como um ambiente familiar compartilhado, contribuem ao desenvolvimento da obesidade.

http://boasaude.uol.com.br/

“Em um recente levantamento, a Organização Mundial da Saúde (OMS) detectou índices preocupantes: 155 milhões de jovens apresentam excesso de peso em todo o mundo, ou seja, uma em cada dez crianças é obesa. Só no Brasil, a obesidade cresceu aproximadamente 240% nos últimos 20 anos. De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, o país apresenta 6,7 milhões de crianças com esse problema. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Pediatria, nos últimos 30 anos o índice de crianças obesas passou de 3% para 15% no país.”

http://www.educacional.com.br/

Falar sobre peso é um assunto sensível, especialmente com crianças e adolescentes.  Colocamos aqui algumas dicas, formuladas em um estudo na Universidade americana de Yale, para se ter em mente quando for falar com uma criança sobre peso e idéias para promover um estilo de vida positivo em casa. 

  1. Coloque o foco da conversa nas mudanças saudáveis no comportamento de seu filho (Comer mais frutas e vegetais, ou beber menos refrigerante) ao invés de falar apenas sobre a perda de peso. Perder peso é difícil, e não é a única medida de sucesso. Certifique-se de reconhecer e elogiar seus filhos pela evolução nas mudanças para o comportamento mais positivo.
  2. As crianças ficam mais suscetíveis a fazer mudanças saudáveis de maneira bem sucedida se a família inteira também está tomando medidas para melhorar seu estilo de vida. Os pais precisam servir de modelo de comportamento saudável para suas crianças, e criar um ambiente em casa que facilite que a criança se alimente direito e seja mais fisicamente ativo. As crianças estrão melhor equipadas a realizar as mudanças se encontrarem suporte neste ponto.
  3. Seja cauteloso com a linguagem usada sobre o peso. Evite rotular as pessoas de “gordo” ou “mau” ou criar estereótipos negativos sobre pessoas que estão acima do peso. Use palavras como “acima do peso médio” ao invés de “gordinho” ou “obeso”.
  4. Tome cuidado com os comentários que faz sobre seu próprio corpo na frente de seus filhos. É comum, especialmente para as mulheres, fazer observações negativas sobre seus próprios corpos (ex: “estas calças me fazem parecer gorda”). Quando as crianças ouvem estes comentários, podem entender de maneira errada e abalar sua auto-imagem e auto-estima. 
  5. Evite os discursos “você deveria”. Por exemplo: “Você não deveria comer isto” ou “Você deveria comer algo mais saudável”. Se seu filho fez uma escolha de comida não-saudável, espere o momento apropriado para sugerir escolhas alternativas. 
  6. Encorage a auto-estima de seu filho. É importante que seu filho perceba que a auto-estima dele vêm de diversas fontes – não apenas da aparência. Celebre o sucesso de seu filho e seu bom comportamento quando não tiver nada a ver com assuntos relativos ao corpo, certifique-se de elogiá-lo por estas qualidades (como: generosidade, bondade com os amigos, realizar bem as tarefas da escola, ser esforçado para alcaçar objetivos, ser cuidadoso com o animal de estimação, etc).
  7. Identifique os gatilhos que fazem seu filho recorrer á comida. As pessoas comem por várias razões além da fome, incluindo stress, tédio, raiva, depressão ou ansiedade. Se você perceber que está ocorrendo um padrão, fale com seu filho e entenda o que está acontecendo e como pode ajudá-lo a canalizar estes sentimentos de maneira mais saudável.
  8. Seja um amigo e parceiro de seu filho. Esteja disponível para ouvir durante as épocas de frustração, para ajudar que se mantenha nos trilhos das mudanças saudáveis, e para celebrar seus pequenos feitos, sem se importar com quão pequenos possam parecer. 

Como mãe, sei que é difícil reeducar uma criança em uma cultura que só empurra doces e balas para eles o tempo todo. Nos sentimos remando contra a maré. O fato é que, há alguns anos atrás brincávamos na pracinha, no parque, correndo no quintal dos amigos ou no playground do prédio. Hoje, as crianças brincam no videogame. Um contra-senso, pois os playgrounds atuais viraram verdadeiros clubes.

O resultado de uma época onde imperam os industrializados, onde as mães e pais (compreensivelmente) não conseguem manter e fazer comidas frescas o tempo todo, devido a carga de trabalho fora, e onde a atividade física das crianças foi diminuída consideravelmente, só pode dar em epidemia mesmo.

Precisamos repensar. E rápido!

Dani

Educação Infantil – Dê um presente a seu filho neste Ano Novo: ensine-o a agradecer

22 dez

Mamães e Papais,

Ensinar os filhos a dizer “Obrigado!” não é uma tarefa fácil. Já assistiram o filme Feitiço do Tempo? Aquele que o cara acorda todo dia no mesmo dia (no dia da Marmota)? Então…parece com isso. Você pede para seu filho dizer diversas vezes por dia, de novo e de novo, esperando que, só naquele dia, ele vá dizer sozinho, por ele mesmo, sem precisar pedir. Por sentir isso de amigos meus que comentam e obsservar crianças que conheço, fui pesquisar a respeito do assunto.

Tenham paciência, caros pais. O fato de seus filhos não expressarem sua gratidão tem mais a ver com o desenvolvimento do que com a falta de educação. As crianças têm dificuldade de dizer obrigado por causa da pouca idade, eles ainda não tem noção que o comportamento deles pode impactar as outras pessoas.  Eles são completamente envolvidos com o tempo presente, vivem apenas o momento, e falham ao reconhecer ou prever ações futuras. Uma inabilidade de falar sobre sentimentos, conceito muito abstrato, e uma falta de desenvolvimento e senso de empatia também contribuem para a dificuldade de a criança agradecer.

No livro, Becoming the Parent You Want to Be (ainda não publicado no Brasil), dos autores Laura Davis e Janis Keyser, são apresentadas algumas dicas de como os pais podem ensinar de uma maneira que até as crianças mais jovens possam entender:

  • Primeiro, fale sobre família e costumes com as crianças. Diga: “na nossa família, nós sempre dizemos obrigado quando alguém nos dá um presente.” Repetir suas próprias tradições ajudará a criança a entender que ela é uma parte de um grupo maior que se comporta de uma certa maneira.
  • Sirva como modelo do que você quer ensinar. Conhece o velho ditado: “Faça como eu digo, não faça como eu faço”? Neste estágio, não será possível. Você quer que eles façam como você faz, então precisa ser o certo. Lembre-se de dizer “obrigado” às pessoas que estão na sua vida, para que seus filhos o ouçam dizendo e aprendam que você também faz isso. Quanto mais eles vêem e ouvem você agradecer a gentileza das pessoas, mais irão repetir este padrão.
  • Mostre, não apenas diga. Os pais devem ensinar os filhos a serem agradecidos adotando isto como postura de vida. As crianças podem demonstrar empatia, mesmo com pouca idade, se sempre tiverem um modelo a seguir.
  • Dê informações aos seus filhos e deixe claro quais são as suas expectativas. Diga a ele “Seu pai gastou um tempão consertando sua bicicleta; você o deixaria feliz se o agradecesse por isto.” ou ” Não vamos sair da casa de seu amiguinho até que ache um jeito de agradecê-lo.”  Se ela começar a entender como as pessoas se sentem, e como o comportamento dela afeta estes sentimentos, será mais fácil que ela exponha seu lado doce.
  • Dê escolhas a seus filhos em relação a como dizer obrigado. Pergunte se ele não prefere desenhar um cartão de agradecimento ou coisa assim. As crianças gostam de fazer suas próprias escolhas e, se você tornar isto divertido, eles mesmos podem começar a dar idéias próprias.

Se você apoiar o desenvolvimento da empatia de seu filho em relação a outras pessoas, você estará dando o presente da boa educação. Acredite ou não, começará a fluir naturalmente. E não se limite a ensinar seu filho a agradecer apenas coisas materiais. Faça uma lista, e estimule seu filho a fazer o mesmo, sobre tudo que for imaterial e que vocês se sintam agradecidos.

Servir sua comunidade pode ser uma outra forma de ensinar gratidão. Por ver os menos afortunados, as crianças poderão começar a apreciar o que possuem. E um dia, do nada, seu filho vai falar o tão sonhado obrigado, e vai realmente querer.

Bjs

Dani

Educação Infantil – As ações contra o bullying começam na sua casa

20 dez

Mães e Pais,

Ultimamente temos ouvido falar, em todos os jornais, sensacionalistas ou não, sobre bullying. O bulliyng é um termo americano que compreende comportamentos com diversos níveis de violência que vão desde chateações inoportunas ou hostis até fatos agressivos, sob forma verbal ou não, intencionais e repetidas, sem motivação aparente, provocado por um ou mais estudantes em relação a outros, causando dor, angústia, exclusão, humilhação e discriminação. Temos constatado que estes casos tem tomado uma proporção maior, tanto em número, como em nível de violência. Estes casos englobam também o bullying pela Internet.  Até professores e diretores vem sofrendo Bullying.

As escolas viraram campo de guerra? E nós? Vamos olhar para o outro lado e cruzar os braços? Será que esperamos que as escolas resolvam tudo e nós não podemos fazer nada?

As últimas pesquisas realizadas nos Estados Unidos mostram que metade de todas as crianças estão, em pelo menos 1 ocasião, diretamente envolvidas em Bullying , como agressores, ou vítimas, ou ambos. E muitos dos que não estão diretamente envolvidos, são testemunhas diárias de colegas que sofrem estas agressões. Nenhuma criança está imune – de nenhuma raça, sexo, ano escolar e posição sócio-econômica.

No Brasil, uma pesquisa feita pelo IBGE, mostrou que Brasília é a capital do Bullying, seguida de Curitiba. 

Segundo o site Education.com, as coisas não precisam ser assim. Os pais tem nas mãos o poder de reduzir as estatísticas do Bullying tomando 10 medidas preventivas:

  1. Fale e Ouça seus filhos diariamente. Pesquisas mostram que os pais geralemente são os últimos a saber que seu filho sofre ou provoca bullying. Deve-se encorajar nossas crianças a quebrar o elo se os convercermos a conversar frequentemente sobre suas vidas sociais. Gaste alguns minutos todos os dias perguntando diretamente sobre com quem passam o tempo na escola e na vizinhança, o que fazer no tempo entre as classes e no intervalo, com quem tomam os lanchinhos, ou o que acontece quando estão indo e/ou voltando da escola. Se a criança se sentir confortável em conversar com os pais ANTES de estarem envolvidos em um evento de bullying, as chances de se abrirem são maiores se algo acontecer.
  2. Visite a escola e a saída da escola. Pesquisas constataram que 67% dos bullyings acontecem quando os adultos não estão presentes. As maior parte das escolas não possuem recursos suficientes para fazer tudo sozinhas e precisam da ajuda dos pais para reduzir o bullying. 
  3. Seja um bom exemplo de liderança e gentileza. Seus filhos aprendem muito sobre poder nas relações observando os pais. Qaundo você fica bravo com um garçon, um vendedor, outro motorista na estrada, ou mesmo com seu filho, há uma grande janela de oportunidade de empregar um modelo de comunicação efetiva que sirva de exemplo. Não estrague tudo “soltando os cachorros”. Todas as vezes que você fala de forma abusiva com outras pessoas, você está ensinando bullying aos seus filhos e eles estão absorvendo que isto é normal.
  4. Aprenda os sinais. A maior parte das crianças não diz a ninguém (especialmente adultos) que sofreram bullying. Dessa forma, se torna de suma importância que pais e professores aprenda a reconhecer os possíveis sinais de quem está sendo vítima, como:  perda frequente de itens pessoais; reclamações de dores de cabeça, de estômago, de barriga para evitar os intervalos ou atividades escolares; chega cada dia mais cedo ou mais tarde. Se você tem suspeitas, converse com a professora ou encontre outras maneiras de observar seu filho e as interações com os colegas para determinar se suas suspeitas estão certas. Caso se confirmem, converse diretamente com seu filho sobre a situação.
  5. Crie cedo hábitos saudáveis anti-bullying. Ajude-o a desenvolver hábitos anti-bullying, já no jardim da infância. Treine seus filhos o que não fazer: bater, provocar, ameaçar, ser malvado com outros. Desvie o foco para a outra criança, explicando como ele se sentiria se estivesse no lugar do outro. Estas estratégias aumentam a empatia pelas outras pessoas. Igualmente, se não mais impostante, ensine o que ele deve fazer:  seja gentil, jogue limpo, etc. As crianças também precisam aprender a dizer não de maneira firme e como evitar que os outros sejam maus com elas. Explique o que ele pode fazer nesta situação: chame um adulto imediantamente, diga ao provocador para “parar”, saia andando e ignore. Estas técnicas devem ser repetidas durante todo o Jardim da Infância.
  6. Verifique qual a política anti-bullying é utilizada na escola de seu filho. Mesmo que seu filho nunca tenha participado de bullying, deve-se checar o que a escola faz para prevenir estes eventos. Pesquisas mostram que a política de “tolerância-zero” não são muito eficazes. O que funciona melhor é um programa de educação continuada que ajuda a criar um ambiente saudável na escola. Isto significa ensinar as crianças, de todos os níveis, como ser líderes inclusivos e como ter empatia em relação aos outros. Além de ensinar técnicas de resistência às vítimas. Se a escola não possui políticas anti-bullying, está na hora de conversar com o diretor.
  7. Estabeleça regras em casa contra o bullying. Seus filhos precisam ouvir de você explícitamente que isto não é legal e não será tolerado. Garanta que eles saibam que as agressões incluem a parte física, verbal e social (seja na escola, com os irmãos, com os vizinhos ou online). Converse sobre segurança e que você está ali para ajudá-los. Eles também precisam saber o que é bullying (muitas crianças não entendem que estão sendo agentes do bullying em relação aos outros), e que este comportamento causa danos e não é aceitável. 
  8. Previna seu filho caso ele seja testemunha. Pesquisas evidenciam que as crianças que testemunham o bullying se sentem incapazes de intervir. Entretanto, crianças que agem tem um impacto positivo na situação. NUNCA é responsabilidade da criança se colocar em perigo, que apenas um “Pare! Você está machucando” pode ser efetivo. Crianças podem se ajudar provendo suporte a vítima ao invés de dar atenção extra ao agressor. Além de reportar o ocorrido a um adulto. 
  9. Ensine seu filho sobre cyberbullying. As crianças geralmente não sabem o que é cyberbullying, ou seja, enviar mensagens ou imagens maldosas, rudes ameaçadoras ou vulgares;  postar informações privadas sobre outra pessoa; se fazer passar por outra pessoa para que esta pareça má; intencionalmente excluir alguém de um grupo online. Estes atos causam tantos danos quanto a violência física e não podem ser tolerados. Quanto mais tempo um adolescente passa online, mas provável que sofra cyberbullying. O ideal é limitar o tempo na Internet.
  10. Espalhe que bullying não deveria ser uma parte normal da infância. Alguns adultos ficam hesitantes em agir quando ouvem ou acabam sabendo de algum bullying, porque pensam que é típico da infância. É uma fase e vai passar. Isto ensina que a vida é dura.  Também é importante que o adulto entenda que o bullying não tem que ser uma passagem obrigatória na infância. Todas as formas de bullying são nocivas ao agente agressor, à vitima  e à testemunha. Muitas vezes com efeitos que são carregado para a fase adulta como: depressão, ansiedade, abuso de substâncias, violência familiar e comportamento criminoso. Esforços para eliminar o bullying requerem colaboração da escola, de casa e da comunidade. 

Envie os artigos que você lê a respeito para parentes, professores, educadores, etc. Assim este problema vai parar de deixar marcas em nossas crianças e, nas crianças de nossas crianças.

Descruzei os braços, pessoal. E vocês?

Bjs

Dani

Educação Infantil – Criando crianças de bom coração

10 dez

Queridos,

Neste blog vocês vão perceber minha tendência por textos construtivos. Admiro minhas palavras, mas também valorizo as dos outros. Acho que o que é bom edifica e tem que ser divulgado.

Abaixo, estão palavras lindas que espero que sirvam de exemplo para reconstruir nossa sociedade, que hoje anda na contramão, e, para que os pais se conscientizem em deixar valores de bondade à seus filhos.

“Bondade não está na moda. Crianças boazinhas passam a impressão de que estão com medo ou são meio lerdinhas. Por que isso? Porque os contravalores que a sociedade está construindo e a mídia divulgando são outros. Vencer é melhor. Ser o mais rápido, mais esperto ou mais forte é alvo da molecada. As mensagens divulgadas estão impregnadas dessas idéias, enquanto as que valorizam o “bom coração” nem aparecem.

Minha avó já dizia: “Marcos, vá brincar com aquele menino, ele tem bom coração.” Eu ia. Mesmo sem saber o que realmente isso significava. E as brincadeiras eram muito legais, a gente se divertia muito. Quando eu brincava com alguém que não recebia esse título, logo desistia. Eram brincadeiras de empurrar, bater, sacanear alguém, jogar pedras em cachorros, quebrar vidraças. Parecia diversão, mas não era. Ficava aquele gostinho de “eu não devia estar fazendo isso”. Minha consciência pesava. Fazer o mal a alguém ou a algum animal para se divertir não era certo, nem no passado nem hoje. Ninguém precisa da dor do outro para rir. Podemos rir de tantas outras coisas. Podemos rir de nós mesmos e das nossas trapalhadas. Humilhar alguém para aparecer na turma, para ser o “popular” não é o caminho ao qual devemos incentivar nossos filhos.

Como ensinar os valores corretos? Falando, explicando, mostrando o que é humilhação, mostrando a dor do outro e fazendo nossos filhos refletirem a respeito. Esse é o começo. Além disso, podemos incentivar e elogiar todas as vezes que nossos filhos apresentarem algum comportamento solidário, honesto ou de caráter. Isso os fará perceber que o caminho para a maturidade está na construção e não na destruição. Está em agir de forma a aproximar as pessoas ao invés de afastar.

Recentemente estive conversando com um empresário em um vôo para São Paulo. Conversávamos sobre contratação e demissão. Como é difícil acertar. Um dos critérios que ele utiliza para demitir é a forma como o funcionário fez amigos ou inimigos dentro da empresa. Tem gente muito chata, meticulosa, legalista, mas ajuda é solidário. Outros são barulhentos, divertidos, falastrões, mas não ajudam ninguém, são egoístas e autocentrados. Ficam esperando elogios ao invés de trabalhar e de levar outros consigo para a vitória. Querem vencer sozinhos. Esses não permanecem na empresa. Os que ficam são aqueles que, não importando a personalidade que tem, são amigos, batalhadores, que elogiam os colegas quando acertam e criticam quando erram, mas o fazem discretamente. Pessoas assim não crescem por acaso, não tem sucesso por sorte. Crescem porque desde a infância aprenderam a valorizar o outro. São pessoas de “bom coração”. ”

(Revista Viver Curitiba, 2010)

Crédito da Imagem: Blog Lysuziereflection

Todos preferem pessoas de bom coração, na teoria. Mas, muitas destas pessoas dão risada de piadas preconceituosas, alimentam a curiosidade da desgraça alheia, não estendem a mão a quem necessita, passam a perna nos outros quando vêem vantagens para si. As crianças percebem isso, assimilam.

Temos que colocar a bondade como filosofia de vida e valorizar quem faz. Só assim teremos o caminho para mudar essa herança.

Dani

 

Síndrome de Down – Inclusão Social de Anjos Especiais

5 dez

Queridos,

Sabemos que nem sempre todos os filhos nascem sem desafios extra nesta Terra. Nem sempre nascem com saúde e disposição 100%. Chegamos a comentar em outros posts neste blog sobre bebês prematuros (minha filha Clarissa). Neste será a Síndrome de Down, apreensão de todos os ultrassons e exames de mamães grávidas.

A Síndrome de Down é uma alteração genética originada no início da gravidez, na formação do bebê. As crianças com a Síndrome têm as mesmas necessidades que outra criança qualquer, apenas seu desenvolvimento é mais lento. Com paciência e estimulação constante, desde seu nascimento, os pais conseguem que desenvolva seu potencial. Elas estão mais sujeitas a problemas odontológicos, respiratórios, visão e audição, deficiência imunológica e outros.

Segundo a APAE:  “Todos os pais precisam de um tempo para se adaptar a todas as mudanças e não devem se culpar ou desanimar diante das dificuldades. Sua educação deve ser feita por uma escola regular, assim que adquirir certa independência. Embora essa crianças evoluam com atraso, nada impedem que aprendam suas tarefas diárias e participem de uma vida social familiar. A deficiência da mente, não permite, contudo, que elas resolvam problemas abstratos, que são muito complicados para elas, além da dificuldade em matemática. A teimosia e birra fazem parte do seu comportamento, havendo a necessidade da imposição de limites à elas.”

Inúmeros profissionais acreditam que a estimulação precoce ajuda no desenvolvimento de todas as crianças, mais ainda no caso das com Síndrome de Down. Pais: incentivem a brincadeira, as atividades, os estimulos visuais, auditivos, a convivência com outras pessoas e participação da vida social familiar.

Fala-se muito a respeito da inclusão escolar e social do indivíduo com Síndrome de Down, contudo se esquece de que quem apresenta e inclui a criança desde o nascimento na sociedade é a própria família.  Alguns pais de bebês, vítimas de um (pré) conceito internalizado, muitas vezes, enraizado e tácito, retraem-se do contato social aparentemente por temor ao preconceito alheio.  No entanto, não se dão conta de que através dos olhos de outros possam ver o reflexo de seus próprios afetos temidos e guardados, que freqüentemente despertam-lhes sentimentos de vergonha e culpa.

Cada um de nós constrói ao longo da vida suas crenças, valores, conceitos e mesmo preconceitos.  Este processo é uma construção em via de mão dupla com o meio em que vivemos.  Escrevemos a nossa história dentro de uma época, de uma família e de uma sociedade.  Sem este contexto, não poderíamos atribuir valor a nada nas nossas vidas.  São os nossos paradigmas.  Entretanto, pensando em práticas sociais, podemos dizer que o mundo de alguma maneira nos forma, mas também podemos dizer que formamos o mundo, pois são as nossas idéias, produto da nossa história com o nosso meio, que “realimentam” os paradigmas da nossa cultura.  Sendo assim, o preconceito social não existe como uma “entidade própria”, ele é constantemente reproduzido pela maioria de nós no cotidiano.

Muitos pais de crianças com Síndrome de Down, passaram grande parte da vida sem terem contato com nenhuma criança, adolescente ou adulto nestas condições.  Formaram (pré) conceitos sobre a síndrome e seus portadores, assim como todos nós formamos (pré) conceitos sobre uma infinidade de temas que genuinamente desconhecemos.  No momento que alguém se torna pai, mãe ou mesmo irmão de um bebê com Síndrome de Down seus preconceitos não desaparecem de imediato e isto pode causar muita dor e como já citamos há uma mistura de culpa e vergonha dos próprios sentimentos e da condição filho ou irmão.”

Fonte: http://www.portalsindromededown.com       Texto de:Fernanda Travassos-Rodriguez

Os pais não precisam ser superpais, precisam amá-los o bastante para tratá-los como iguais. E nós, da sociedade, temos que respeitá-las e fazer com que elas sejam parte integrante da sociedade, acabando com péssimo hábito da discriminação.

Hoje em dia, existem diversas entidades que ajudam pais e filhos nesta jornada. Uma delas é a Fundação Sindrome de Down. Se quiser se aprofundar sobre o assunto, acesse os Mitos e Verdades sobre a síndrome, clicando aqui.  O texto é muito elucidativo e auxilia os pais a desvendarem um pouco mais sobre seus filhos e também ajuda a sociedade a perder o preconceito.

Paulo e Dani

O nosso vencedor do concurso Bebê Hipoglós 2011

3 dez

Pessoas,

Estou publicando um comentário que recebi neste blog de um mais novo querido amigo: Antonio H. Godinho.

Ele comentou sobre o post do Concurso Bebê Hipoglós e, como digo abaixo, me emocionou. Espero que gostem como eu gostei.

Minha resposta a ele está abaixo.

“Infelizmente, a P&G não se mostra nem aí com as falhas deste concurso.
Na verdade, nossos filhos e filhas foram eleitos por seus pais, parentes e amigos.
Ter 5 ou 500 mil votos pouco importa.
(O amor que sentimos por meu filho, supera qualquer coisa.)
Só lamento que a P&G se mostre conivente e apoie o ilícito.
Está evidente que existem coisas erradas.
O que nós consumidores podemos fazer ??
BOICOTAR A POMADA HIPOGLOS.
A P&G precisa sentir no dep. financeiro que o Brasileiro já não é mais aquele povinho tonto que se ilude com qualquer coisa.
Uma criança será escolhida… Aí sugiro uma reflexão:
Que mundo queremos para nossos filhos?
Aquele de se obter vantagem a qualquer preço?
Não… acho que não é isto que queremos.
A P&G vai ficar com sua imagem muito comprometida. Diria até que, se boicotarmos os produtos P&G… será um caos para eles.
A única opção que vejo, seria a P&G cancelar este concurso, e escolher uma criança especial para ser o Bebê Hipoglós.
Agradeço a Deus todos os dias por ELE ter me presenteado com um filho lindo, saudável e perfeito.
Eu ficaria contente, se no final deste concurso o eleito fosse um bebê com necessidades especiais.
Toda criança é linda.
Todos temos os mesmos direitos.
Todos somos filhos de um Deus só. Não importa sua crença religiosa.
Então seria muito bom ver que ainda existe um mínimo de consciência da P&G e que eles escolhessem um bebê especial.
Criança é perfeita mesmo sem um braço ou uma perna.
Criança é perfeita mesmo que nunca aprenda a ler ou escrever.
Criança é perfeita mesmo sem conseguir falar “Papai ou Mamãe”.
Seria uma resposta criativa para os pais que burlaram o sistema de votação.
Meu filho ou seu filho não será o escolhido pela P&G.
Talvez pelo fato de sermos honestos e não burlamos o sistema ou compramos votos.
Mas isto pouco importa.
Legal seria ver um bebê especial ser o escolhido.
Isto sim seria o politicamente correto.”

Oi Antonio,

Achei seu comentário muito pertinente e faço minha a sua sugestão. Você tocou em pontos cruciais. Foi fundo e me emocionou. Acho que poderia ser uma grande saída para a Hipoglós. (Embora talvez nem mereça um vencedor como este).
Não creio que farão isso, porque não agiram de forma correta até o momento. Estão apenas jogando a sujeira para debaixo do tapete.
Um dos motivos da existência deste blog está na essência das suas palavras neste comentário: a vontade de acertar as coisas, de fazer melhor, de deixar um mundo melhor para minha filha (e para a neta de meu pai.rs). De expor o que está errado, de sugerir melhorias, de “ouvir” as pessoas e trocar opiniões.
Sobre o boicote à pomada, já venho fazendo. Tento convencer quem posso a fazer o mesmo. Só quando dói no bolso encontramos o respeito neste país. O que me entristece, pois gostaria que minha bebê encontrasse um Brasil com pessoas/produtos/empresas que ela admirasse, que tivessem a vontade de serem corretos com tudo e todos.
A história de cada criança e mãe não foi respeitada pela empresa. Isso gerou o post que escrevi e pretendo deixar registrado para que outros pais, como eu e você, não se decepcionem no futuro.
Espero que não se importe, mas vou abrir um post com seu comentário, pois sou, além de outras coisas, uma devota da palavra e vou deixar as suas o mais à vista possível.
Agradeço muito que tenha escolhido comentar aqui. Saiba que temos a intenção de ser um site sério brincando e uma brincadeira de dizer verdades.
Siga o nosso blog. Você sempre será bem vindo!”

Este blog e esta mãe apoiam a diversidade. Acreditamos que todas as pessoas têm valor e são importantes. Independente de raça, cor, religião e opção sexual.


Bjs a todos,
Dani

Educação Infantil – Elogie do jeito certo

2 dez

Pessoal,

Vi um texto que me chamou a atenção. Acho que é uma lição muito legal para os pais de hoje e sempre. Leiam e pratiquem. Assim nossos filhos poderão salvar o mundo que nossa geração está tentando estragar. Quem sabe…

“Elogie do jeito certo

Recentemente um grupo de crianças passou por um teste muito interessante: psicólogos propuseram uma tarefa de média dificuldade, mas que as crianças executariam sem grandes problemas. Todas conseguiram terminar a tarefa depois de certo tempo.
Em seguida, foram divididas em dois grupos:

– O grupo A foi elogiado quanto à inteligência. Uau, como você é inteligente! Que esperta você é! Menino, que orgulho de ver o quanto você é genial! E outros elogios à capacidade de cada criança.
– O grupo B foi elogiado quanto ao esforço. Menina, gostei de ver o quanto você se dedicou na tarefa! Menino, que legal ter visto seu esforço! Que persistência você mostrou. Tentou, tentou, até conseguir, muito bem! E outros elogios relacionados ao trabalho realizado e não à criança em si.
Depois dessa fase, uma nova tarefa de dificuldade equivalente à primeira foi proposta aos dois grupos de crianças. Elas não eram obrigadas a cumprir a tarefa, podiam escolher se queriam ou não, sem qualquer tipo de consequência. As respostas das crianças surpreenderam.

A grande maioria do grupo A simplesmente recusou a segunda tarefa.  As crianças não queriam nem tentar.

Por outro lado, quase todas as do grupo B aceitaram tentar. Não recusaram a nova tarefa.
A explicação é simples e nos ajuda a compreender como elogiar nossos filhos: o ser humano foge de experiências que possam ser desagradáveis. As crianças inteligentes não querem o sentimento de frustração de não conseguir realizar uma tarefa, pois isso pode modificar a imagem que os adultos têm delas. Se eu não conseguir, eles não vão mais dizer que sou inteligente. As esforçadas não ficam com medo de tentar, pois mesmo que não consigam é o esforço que será elogiado.

No entanto, isso não é tudo. Além dos conteúdos escolares, nossos filhos precisam aprender valores, princípios e ética. Precisam respeitar as diferenças, lutar contra o preconceito, adquirir hábitos saudáveis e construir amizades sólidas. Não se consegue nada disso por meio de elogios frágeis, focados no ego de cada um. É preciso que sejam incentivados constantemente a agir assim. Isso se faz com elogios, feedbacks e incentivos ao comportamento esperado.
Nossos filhos precisam ouvir frases como: – Que bom que você o ajudou, você tem um bom coração. – Parabéns, meu filho, por ter dito a verdade apesar de estar com medo… Você é ético. – Filha, fiquei orgulhoso de você ter dado atenção àquela menina nova ao invés de tê-la excluído como algumas colegas fizeram… Você é solidária.

Elogios desse tipo estão fundamentados em ações reais e reforçam o comportamento da criança, que tenderá a repeti-los. Isso não é tática paterna, é incentivo real. Elogiar superficialmente é mais fácil para os educadores, pois tais expressões quase sempre são padrões e não exigem reflexão por parte de quem as diz. Mas, os pais esforçados não devem estar atrás de soluções fáceis, mas sim das melhores soluções para a educação de seus rebentos.
Aprendamos,assim, a elogiar corretamente, reforçando comportamentos positivos, contribuindo na formação de homens e mulheres de bem.”

Texto de Marcos Méier. Fonte: www.momento.com.br

Querido autor, suas palavras foram muito bem colocadas e a idéia do texto muito feliz.

Querida filha, espero que mamãe consiga fazer do jeito certo para que você possa ser a melhor pessoa que puder ser. Intenção não falta.

Dani

Bebês Prematuros – Parte II

30 nov

Pessoas queridas,

Como havia prometido, agora publico a parte II do post dos Bebês Prematuros. (Veja a parte I aqui no blog)

O fato é: ninguém espera um prematuro!

Mulheres grávidas e suas famílias aguardam a chegada dos seus bebês preparando todo o enxoval, o quartinho e tudo o mais que sonham. Posso afirmar que nenhuma delas, eu inclusive, compra macacõezinhos ou qualquer outra peça de enxoval para o caso de o nenê nascer prematuro. Por essa, nenhuma mãe espera.

De nenhuma forma, se justifica o fato de não haver produtos disponíveis no mercado para estes bebês. Esta é minha crítica. Este foi meu espanto quando fui procurar e não encontrei nada para a Clarissa. Foi como se ninguém admitisse a existência de pessoinhas como ela.

Tivemos que correr atrás de itens específicos, como a chupeta mencionada no post Parte I, e tivemos que adaptar alguns outros, como vou mostrar a seguir.

Fraldas descartáveis, para espanto geral, não são fabricadas em tamanho menor do que as para Recém Nascidos a termo. Não havia nem nos hospitais! Eu, outras mães na mesma situação e as enfermeiras da UTI Neonatal tínhamos que cortar (com a tesoura mesmo!) as fraldas dos nenês. Como se não bastasse todos os cuidados extra que já demandam os prematuros.

Bebê conforto e carrinho também eram muuito maiores do que os que seriam necessários para minha bebê. Tivemos que nos utilizar de adaptators Tabajara para fazer funcionar.

Esta primeira foto mostra a Clarissa quando finalmente saiu do hospital e voltou para casa (De quê adianta obrigar as pessoas a usarem a cadeirinha de carro então?).

Esta segunda foto mostra a nenê dormindo no carrinho. Para que isto acontecesse, imagine que tivemos que mandar fazer um colchão especial para se adaptar ao carrinho, além de forrar com revistas (sim, revistas! foi o que deu certo. rs) para nivelar.

Já havia mencionado no post anterior, mas vale um reforço. Vejam a Clarissa abaixo com um macacão tamanho NB (New Born – Recém Nascido americano – menores do que os nossos):

Repararam quantas dobras na manga?

 

“Definição de Prematuro (fonte: http://www.nascerprematuro.org)

Prematuridade Limite: compreende o grupo de bebês nascidos entre a 37ª e a 38ª semanas de gestação;

Prematuridade Moderada: pode ser definida quando o bebê nasce entre 31ª e 36ª semanas;

Prematuridade Extrema: Os recém-nascidos pré-termo extremo, são definidos como aqueles cuja idade gestacional é menor ou igual a 30 semanas, apresentam, como consequência desta maior imaturidade, problemas mais frequentes e mais graves, sobretudo os menores que 27 semanas.

Um bebê prematuro merece, assim, cuidados redobrados, uma vez que não teve a oportunidade de completar todo o processo de maturação biológico, dentro do útero da mãe.

No que se refere ao seu aspecto físico, destacam-se como principais características, as seguintes:

  • Tamanho pequeno; 
  • Baixo peso ao nascer;
  • Pele fina, brilhante e rosada, por vezes coberta por lanugo (penugem fina);
  • Veias visíveis sob a pele;
  • Pouca gordura sob a pele;
  • Cabelo escasso;
  • Orelhas finas e moles;
  • Cabeça grande e desproporcional relativamente ao resto do corpo;
  • Músculos fracos e atividade física reduzida;
  • Reflexos de sucção e de deglutição reduzidos”

A Clarissa foi considerada prematura Moderada, pois nasceu na 32a semana de gestação. Deixo algumas fotos abaixo, para que, quem nunca viu ou conviveu com um prematuro, possa ter idéia do tamanhinho deles. E, também, para pensarmos se todas as mães de bebês como este não mereceriam ter sua vida minimamente facilitada por produtos específicamente feitos para eles. Eu não tive.

Clarissa na maternidade, logo que nasceu, com a mão do papai na incubadora. Mais ou menos 1k300g.

Clarissa fazendo Canguru (método humanizado que ajuda no desenvolvimento dos prematuros) com papai. Mais ou menos 1k500g.

Clarissa em casa, logo que chegou. Mamãe trocando fraldinha e roupinha. Mais ou menos 1k900g.

Mamães que acabaram de dar à luz a um prematuro!

Mantenham a calma, por mais difícil que seja, e alimentem a esperança. Pois ela existe! A tão esperada saída do hospital irá acontecer. Mas aí, como relatei acima, será uma outra novela.

Beijos,

Dani