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Quer um filho bem sucedido financeiramente? Ensine-o desde cedo

16 jan

Pessoas queridas,

Sempre acreditei, e ainda acredito, que as escolas brasileiras deveriam ter matérias que preparassem as crianças para a vida. Obviamente as disciplinas tradicionais enchem a mente das crianças com cultura, nunca dispensável. Mas no Brasil, não temos muitos ensinos práticos, como Economia Doméstica. Por quê não preparar nossas crianças para que sejam melhores em gerir suas casas, suas finanças no futuro?

Como não há um preparo complementar por parte das instituições de ensino, este aprendizado deve ser treinado em casa, como já seria de dever de qualquer forma. Todos os dias.  Afinal, já foi dito: “Crianças são grandes imitadoras. Então dê a elas algo ótimo para imitar.”

Uma pesquisa realizada pela  The Mint, organização americana que atua junto ao Conselho Nacional de Educação Econômica dos Estados Unidos desde 77, cujo site fornece ferramentas para ajudar pais e educadores a ensinar crianças a gerenciar dinheiro de forma sábia e desenvolver bons hábitos financeiros (March 2010 Themint.org poll) , mostrou que os pais possuem a maior influência na maneira com que as crianças poupam e/ou gastam dinheiro, mais do que amigos, celebridades ou seus professores. Acredite ou não, os pais moldam a maneira com a qual a criança gerencia seu dinheiro mais do que qualquer pessoa.

Questões a serem consideradas

O modelo que a The Mint sugere considera um sério comprometimento por parte dos pais, que devem reavaliar seu comportamento e o exemplo que estão dando a seus filhos, fazendo uma auto-análise:  

  • Meus filhos me vêem economizar?
  • Eles me vêem comprando mais frequentemente em outlets (lojas de desconto) ou lojas de produtos premium?
  • Eu deixo transparecer que fazer compras é entretenimento para mim?
  • Eu espero para comprar um item na época de liquidação?
  • Eu pechincho, peço desconto?
  • Meus filhos já me viram economizando para poder comprar itens mais caros ou passo o cartão de crédito assim que vejo algo que quero?
  • Quando faço compras maiores ou de itens mais caros, eu pesquiso marcas e preços?

(Guardem as devidas proporções entre as realidades dos 2 países, ok?)

Como ensinar?

São poucas coisas simples que fazem uma grande diferença: 

  • Envolva seu filho nas conversações diárias sobre dinheiro. Use situações da vida real para ajudá-lo a apreender melhor a lição. 
  • Use um supermercado como “sala de aula”. Converse durante as compras como se estivesse ajudando os jovens compradores a pesar todos os fatores que devem ser considerados em uma decisão de compra.
  • Estenda a lição do supermercado para o shopping. Reforce o gasto inteligente, não a gratificação imediata. Espere pelos descontos, guarde dinheiro para compras maiores e pague a vista ao invés de pagar no crédito. 
  • Enfatize o planejamento. Faça uma lista antes de entrar em uma loja para ensinar a criança a ter foco além de evitar as compras por impulso. 

Alinhar seus atos e suas palavras trazem a lição dentro de casa. Comece cedo e estará plantando um futuro de segurança financeira para o seu filho.

Dani

Educação Infantil – Como falar com seu filho sobre o peso?

3 jan

Pais,

Vocês já contaram quantas crianças vêem na rua que estão acima do peso ultimamente? Contem. Vão ficar chocados! Eu fiquei, quando estava pesquisando para este post. Também fiquei pensando se os pais destas crianças admitem o fato, ou mesmo se percebem.  Deve ser complicado em muitos casos.

A obesidade infantil vem crescendo de maneira alarmante no Brasil. Diversas matérias com estatísticas vêm sendo publicadas na mídia como forma de alerta aos pais.

A obesidade é uma enfermidade crônica que se acompanha de múltiplas complicações, caracterizada pela acumulação excessiva de gordura em uma magnitude tal que compromete a saúde, explica o Consenso Latino Americano em Obesidade. Entre as complicações mais comuns está o diabete mellitus, a hipertensão arterial, as dislipidemias, as alterações osteomusculares e o incremento da incidência de alguns tipos de carcinoma e dos índices de mortalidade.
A obesidade é ainda o resultado de ingerir mais energia que a necessária. Não há dúvidas que este consumo excessivo pode iniciar-se em fases muito remotas da vida, nas quais as influências culturais e os hábitos familiares possuem um papel fundamental. Por isso dizemos que a obesidade possui fatores de caráter múltiplo, tais como os genéticos, psicosociais, cultural-nutricionais, metabólicos e endócrinos. A obesidade, portanto, é gerada pela interação entre fatores genéticos e culturais, assim como familiares.
Ainda de acordo com o Consenso, existe uma clara tendência entre os membros de uma mesma família possuírem um índice de massa corporal (IMC) similar. São várias as publicações científicas que demonstraram uma correlação entre o IMC de pais e filhos, o que sugere que, provavelmente, tanto os genes como um ambiente familiar compartilhado, contribuem ao desenvolvimento da obesidade.

http://boasaude.uol.com.br/

“Em um recente levantamento, a Organização Mundial da Saúde (OMS) detectou índices preocupantes: 155 milhões de jovens apresentam excesso de peso em todo o mundo, ou seja, uma em cada dez crianças é obesa. Só no Brasil, a obesidade cresceu aproximadamente 240% nos últimos 20 anos. De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, o país apresenta 6,7 milhões de crianças com esse problema. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Pediatria, nos últimos 30 anos o índice de crianças obesas passou de 3% para 15% no país.”

http://www.educacional.com.br/

Falar sobre peso é um assunto sensível, especialmente com crianças e adolescentes.  Colocamos aqui algumas dicas, formuladas em um estudo na Universidade americana de Yale, para se ter em mente quando for falar com uma criança sobre peso e idéias para promover um estilo de vida positivo em casa. 

  1. Coloque o foco da conversa nas mudanças saudáveis no comportamento de seu filho (Comer mais frutas e vegetais, ou beber menos refrigerante) ao invés de falar apenas sobre a perda de peso. Perder peso é difícil, e não é a única medida de sucesso. Certifique-se de reconhecer e elogiar seus filhos pela evolução nas mudanças para o comportamento mais positivo.
  2. As crianças ficam mais suscetíveis a fazer mudanças saudáveis de maneira bem sucedida se a família inteira também está tomando medidas para melhorar seu estilo de vida. Os pais precisam servir de modelo de comportamento saudável para suas crianças, e criar um ambiente em casa que facilite que a criança se alimente direito e seja mais fisicamente ativo. As crianças estrão melhor equipadas a realizar as mudanças se encontrarem suporte neste ponto.
  3. Seja cauteloso com a linguagem usada sobre o peso. Evite rotular as pessoas de “gordo” ou “mau” ou criar estereótipos negativos sobre pessoas que estão acima do peso. Use palavras como “acima do peso médio” ao invés de “gordinho” ou “obeso”.
  4. Tome cuidado com os comentários que faz sobre seu próprio corpo na frente de seus filhos. É comum, especialmente para as mulheres, fazer observações negativas sobre seus próprios corpos (ex: “estas calças me fazem parecer gorda”). Quando as crianças ouvem estes comentários, podem entender de maneira errada e abalar sua auto-imagem e auto-estima. 
  5. Evite os discursos “você deveria”. Por exemplo: “Você não deveria comer isto” ou “Você deveria comer algo mais saudável”. Se seu filho fez uma escolha de comida não-saudável, espere o momento apropriado para sugerir escolhas alternativas. 
  6. Encorage a auto-estima de seu filho. É importante que seu filho perceba que a auto-estima dele vêm de diversas fontes – não apenas da aparência. Celebre o sucesso de seu filho e seu bom comportamento quando não tiver nada a ver com assuntos relativos ao corpo, certifique-se de elogiá-lo por estas qualidades (como: generosidade, bondade com os amigos, realizar bem as tarefas da escola, ser esforçado para alcaçar objetivos, ser cuidadoso com o animal de estimação, etc).
  7. Identifique os gatilhos que fazem seu filho recorrer á comida. As pessoas comem por várias razões além da fome, incluindo stress, tédio, raiva, depressão ou ansiedade. Se você perceber que está ocorrendo um padrão, fale com seu filho e entenda o que está acontecendo e como pode ajudá-lo a canalizar estes sentimentos de maneira mais saudável.
  8. Seja um amigo e parceiro de seu filho. Esteja disponível para ouvir durante as épocas de frustração, para ajudar que se mantenha nos trilhos das mudanças saudáveis, e para celebrar seus pequenos feitos, sem se importar com quão pequenos possam parecer. 

Como mãe, sei que é difícil reeducar uma criança em uma cultura que só empurra doces e balas para eles o tempo todo. Nos sentimos remando contra a maré. O fato é que, há alguns anos atrás brincávamos na pracinha, no parque, correndo no quintal dos amigos ou no playground do prédio. Hoje, as crianças brincam no videogame. Um contra-senso, pois os playgrounds atuais viraram verdadeiros clubes.

O resultado de uma época onde imperam os industrializados, onde as mães e pais (compreensivelmente) não conseguem manter e fazer comidas frescas o tempo todo, devido a carga de trabalho fora, e onde a atividade física das crianças foi diminuída consideravelmente, só pode dar em epidemia mesmo.

Precisamos repensar. E rápido!

Dani

Educação Infantil – Como transmitir bons valores aos nossos filhos?

28 dez

Mamães e Papais,

Como ensinar nossos filhos a ter bom caráter? Como fazer deles cidadãos responsáveis? Nos dias de hoje, criar filhos que mantenham bons valores é um dos 12 trabalhos de Hércules. De certa forma, filhos são uma loteria: grande parte do que serão um dia, já vêm com eles. No entanto, nós, pais, temos o dever de encaminhá-los, de mostrar o mundo e de inserí-los neste mundo, da melhor forma que pudermos.

Há 1 ano e 1 mês sou mãe. Tenho pesquisado muito assuntos sobre educação. Então, volta e meia, vou repassar meus aprendizados. Espero que ajudem, ou, pelo menos, iluminem as idéias de quem já tentou de outras maneiras.

Existem algumas formas que podem nos ajudar a ver esta linda tarefa de construir o caráter de nossos filhos bem sucedida, como poderão ler abaixo. Nada poderá nos trazer maior satisfação do que quando constatarmos que fomos bem sucedidos.

As crianças aprendem sobre o fortalecimento do caráter quando os pais ou outros adultos participam de suas vidas diárias.

  • Seja um bom exemplo de comportamento e ações (esta premissa serve em praticamente todas as ocasiões);
  • Estabeleça padrões altos e comunique claramente quais são suas expectativas;
  • Treine-os para serem responsáveis e gentis; 
  • Utilize-se da literatura para reforçar os valores de bom caratismo;

Seja um bom exemplo

Nós sempre estamos ensinando algo a nossas crianças seja por palavras ou atos. Eles aprendem vendo. Eles aprendem nos escutando. Eles aprendem coisas de nós, entre eles, de outros adultos de seu círculo social e por eles mesmos. As crianças compartilham os valores de seus pais, e isto é uma das coisas mais importantes na vida. Nossas prioridades e princípios, e nossos exemplos de bom comportamento podem ensinar nossos filhos a tomar o caminho certo quando outros caminhos parecerem tentadores.

Lembrem-se que as crianças não aprendem os bons valores e bom caráter apenas pedindo para que façam. Eles aprendem vendo as outras pessoas a seu redor, como agem e mantém estes valores no dia a dia. Nós podemos mostrar a nossas crianças que respeitamos os outros, que temos compaixão e nos preocupamos quando sofrem. Podemos mostrar que temos auto-disciplina, coragem e honestidade quando tomamos decisões difíceis. A maneira com que conduzimos nossas atividades diárias, pode demonstrar que sempre tentamos fazer nosso melhor para sermos úteis à nossa família, comunidades ou país.

O jeito como encaramos o dinheiro ou os bens materiais também podem ajudar a moldar o caráter de nossas crianças.  Se conseguimos enxergar nosso próprio valor e o valor dos outros apenas em termos de carros, casas, móveis, boas roupas e outras posses, nossos filhos estarão sujeitos a também desenvolver as mesmas atitudes. Claro, é importante conhecer a necessidade de nossas crianças, mas é também importante ajudá-los a entender a diferença do que querem e do que precisam

Finalmente, devemos ser consistentes em manter os valores que queremos que nossos filhos respeteitem, sem apresentar idéias conflitantes. Não podemos dizer aos nossos filhos que trapacear é errado, por exemplo, quando nos gabamos ao vizinho que evitamos pagar impostos. Não podemos dizer que ser rude com os outros é inaceitável quando rimos se vemos alguém na TV que apresenta este mesmo comportamento.

 

Estabeleça Altos Padrões e Expectativas Claras

Alguns pais estabelecem padrões baixos para seus filhos, ou não os mantém no padrão estabelecido. Os pais podem tomar esta atitude pensando que exigir demais da criança irá ferir sua auto-estima. Entretanto,  pesquisas mostram exatamente o contrário. Uma criança constrói sua auto-confiança tentando (com orientação) atingir padrões altos, mesmo quando encontram dificuldades para isto. Os pais nem sempre deixam claro quais os padrões de comportamento esperados. Não é suficiente mencionar apenas uma ou duas vezes. Lembrem-se que crianças crescem e mudam tão rápido que podem facilmente entender mal ou esquecer o que vocês disseram a eles. O entendimento de mundo das crianças se desenvolve quase constantemente e suas “novas” mentes precisam ser lembradas das expectativas. Por causa disso, é preciso repetir constantemente e de maneiras diferentes, que façam sentido para cada estágio da criança. 

Cuidados: Suas expectativas devem ser apropriadas para a idade, estágio mental, emocional, social e físico de seu filho. Por exemplo, não é apropriado dizer a um bebê para não chorar e esperar que ele obedeça. Da mesma forma, não é esperado que uma criança de 3 anos sente quieta por horas ou uma de 13 não se preocupe com sua aparência. 

Treine

Você se lembra de como aprendeu a dirigir ou cozinhar? Você praticou enquanto alguém te treinava, lembrando você do que precisava fazer até que aprendesse por você mesmo e, eventualmente, começasse a fazer automaticamente. As crianças aprendem valores da mesma forma. Eles praticam diferentes tipos de comportamento enquanto você os ensina e os ajuda a manter o foco no que é importante. 

Se você não treinar seu filho, ele encontrará outros treinadores por aí e será guiado por outros valores, seja da mídia, dos amigos ou qualquer outra pessoa que chame sua atenção. Então, dê um passo a frente e não tenha medo de ser a pessoa a ensinar seu filho a ser uma boa pessoa, passo a passo. 

 

Utilize-se da Literatura

Os livros podem ser uma poderosa ferramenta de ensino. De fato, pessoas e histórias, poemas e brincadeiras possuem quase tanta influência em uma criança quanto pessoas reais. Então, leia com e para a criança, encoraje crianças mais velhas a lerem sozinhas e converse com elas sobre o  livro que leram. Isso ajuda a criança a aprender e desenvolver valores sobre bom caráter e cidadania. 

Elabore perguntas que o ajudem a compreender a história do jeito que você quer que ele compreenda, como:
– Como as pessoas na história agem? Eles têm bons ou maus motivos para agir da forma que agem? Quem eram os heróis e por quê? Quais era os vilões e por quê?

– As pessoas tomaram boas decisões? Por que ou por que não?

– Como as pessoas conseguiram lidar com as decisões que tomaram? Eles tiveram obstáculos? Como responderam a estes obstáculos?

– Estas pessoas pensaram no bem das outras pessoas? A história tem um bom ou mau final? Para quem? Como a história poderia ter sido melhor para todos?

Ser um bom exemplo, nunca será uma má idéia. Não acham?

Dani

Educação Infantil – Dê um presente a seu filho neste Ano Novo: ensine-o a agradecer

22 dez

Mamães e Papais,

Ensinar os filhos a dizer “Obrigado!” não é uma tarefa fácil. Já assistiram o filme Feitiço do Tempo? Aquele que o cara acorda todo dia no mesmo dia (no dia da Marmota)? Então…parece com isso. Você pede para seu filho dizer diversas vezes por dia, de novo e de novo, esperando que, só naquele dia, ele vá dizer sozinho, por ele mesmo, sem precisar pedir. Por sentir isso de amigos meus que comentam e obsservar crianças que conheço, fui pesquisar a respeito do assunto.

Tenham paciência, caros pais. O fato de seus filhos não expressarem sua gratidão tem mais a ver com o desenvolvimento do que com a falta de educação. As crianças têm dificuldade de dizer obrigado por causa da pouca idade, eles ainda não tem noção que o comportamento deles pode impactar as outras pessoas.  Eles são completamente envolvidos com o tempo presente, vivem apenas o momento, e falham ao reconhecer ou prever ações futuras. Uma inabilidade de falar sobre sentimentos, conceito muito abstrato, e uma falta de desenvolvimento e senso de empatia também contribuem para a dificuldade de a criança agradecer.

No livro, Becoming the Parent You Want to Be (ainda não publicado no Brasil), dos autores Laura Davis e Janis Keyser, são apresentadas algumas dicas de como os pais podem ensinar de uma maneira que até as crianças mais jovens possam entender:

  • Primeiro, fale sobre família e costumes com as crianças. Diga: “na nossa família, nós sempre dizemos obrigado quando alguém nos dá um presente.” Repetir suas próprias tradições ajudará a criança a entender que ela é uma parte de um grupo maior que se comporta de uma certa maneira.
  • Sirva como modelo do que você quer ensinar. Conhece o velho ditado: “Faça como eu digo, não faça como eu faço”? Neste estágio, não será possível. Você quer que eles façam como você faz, então precisa ser o certo. Lembre-se de dizer “obrigado” às pessoas que estão na sua vida, para que seus filhos o ouçam dizendo e aprendam que você também faz isso. Quanto mais eles vêem e ouvem você agradecer a gentileza das pessoas, mais irão repetir este padrão.
  • Mostre, não apenas diga. Os pais devem ensinar os filhos a serem agradecidos adotando isto como postura de vida. As crianças podem demonstrar empatia, mesmo com pouca idade, se sempre tiverem um modelo a seguir.
  • Dê informações aos seus filhos e deixe claro quais são as suas expectativas. Diga a ele “Seu pai gastou um tempão consertando sua bicicleta; você o deixaria feliz se o agradecesse por isto.” ou ” Não vamos sair da casa de seu amiguinho até que ache um jeito de agradecê-lo.”  Se ela começar a entender como as pessoas se sentem, e como o comportamento dela afeta estes sentimentos, será mais fácil que ela exponha seu lado doce.
  • Dê escolhas a seus filhos em relação a como dizer obrigado. Pergunte se ele não prefere desenhar um cartão de agradecimento ou coisa assim. As crianças gostam de fazer suas próprias escolhas e, se você tornar isto divertido, eles mesmos podem começar a dar idéias próprias.

Se você apoiar o desenvolvimento da empatia de seu filho em relação a outras pessoas, você estará dando o presente da boa educação. Acredite ou não, começará a fluir naturalmente. E não se limite a ensinar seu filho a agradecer apenas coisas materiais. Faça uma lista, e estimule seu filho a fazer o mesmo, sobre tudo que for imaterial e que vocês se sintam agradecidos.

Servir sua comunidade pode ser uma outra forma de ensinar gratidão. Por ver os menos afortunados, as crianças poderão começar a apreciar o que possuem. E um dia, do nada, seu filho vai falar o tão sonhado obrigado, e vai realmente querer.

Bjs

Dani

Educação Infantil – As ações contra o bullying começam na sua casa

20 dez

Mães e Pais,

Ultimamente temos ouvido falar, em todos os jornais, sensacionalistas ou não, sobre bullying. O bulliyng é um termo americano que compreende comportamentos com diversos níveis de violência que vão desde chateações inoportunas ou hostis até fatos agressivos, sob forma verbal ou não, intencionais e repetidas, sem motivação aparente, provocado por um ou mais estudantes em relação a outros, causando dor, angústia, exclusão, humilhação e discriminação. Temos constatado que estes casos tem tomado uma proporção maior, tanto em número, como em nível de violência. Estes casos englobam também o bullying pela Internet.  Até professores e diretores vem sofrendo Bullying.

As escolas viraram campo de guerra? E nós? Vamos olhar para o outro lado e cruzar os braços? Será que esperamos que as escolas resolvam tudo e nós não podemos fazer nada?

As últimas pesquisas realizadas nos Estados Unidos mostram que metade de todas as crianças estão, em pelo menos 1 ocasião, diretamente envolvidas em Bullying , como agressores, ou vítimas, ou ambos. E muitos dos que não estão diretamente envolvidos, são testemunhas diárias de colegas que sofrem estas agressões. Nenhuma criança está imune – de nenhuma raça, sexo, ano escolar e posição sócio-econômica.

No Brasil, uma pesquisa feita pelo IBGE, mostrou que Brasília é a capital do Bullying, seguida de Curitiba. 

Segundo o site Education.com, as coisas não precisam ser assim. Os pais tem nas mãos o poder de reduzir as estatísticas do Bullying tomando 10 medidas preventivas:

  1. Fale e Ouça seus filhos diariamente. Pesquisas mostram que os pais geralemente são os últimos a saber que seu filho sofre ou provoca bullying. Deve-se encorajar nossas crianças a quebrar o elo se os convercermos a conversar frequentemente sobre suas vidas sociais. Gaste alguns minutos todos os dias perguntando diretamente sobre com quem passam o tempo na escola e na vizinhança, o que fazer no tempo entre as classes e no intervalo, com quem tomam os lanchinhos, ou o que acontece quando estão indo e/ou voltando da escola. Se a criança se sentir confortável em conversar com os pais ANTES de estarem envolvidos em um evento de bullying, as chances de se abrirem são maiores se algo acontecer.
  2. Visite a escola e a saída da escola. Pesquisas constataram que 67% dos bullyings acontecem quando os adultos não estão presentes. As maior parte das escolas não possuem recursos suficientes para fazer tudo sozinhas e precisam da ajuda dos pais para reduzir o bullying. 
  3. Seja um bom exemplo de liderança e gentileza. Seus filhos aprendem muito sobre poder nas relações observando os pais. Qaundo você fica bravo com um garçon, um vendedor, outro motorista na estrada, ou mesmo com seu filho, há uma grande janela de oportunidade de empregar um modelo de comunicação efetiva que sirva de exemplo. Não estrague tudo “soltando os cachorros”. Todas as vezes que você fala de forma abusiva com outras pessoas, você está ensinando bullying aos seus filhos e eles estão absorvendo que isto é normal.
  4. Aprenda os sinais. A maior parte das crianças não diz a ninguém (especialmente adultos) que sofreram bullying. Dessa forma, se torna de suma importância que pais e professores aprenda a reconhecer os possíveis sinais de quem está sendo vítima, como:  perda frequente de itens pessoais; reclamações de dores de cabeça, de estômago, de barriga para evitar os intervalos ou atividades escolares; chega cada dia mais cedo ou mais tarde. Se você tem suspeitas, converse com a professora ou encontre outras maneiras de observar seu filho e as interações com os colegas para determinar se suas suspeitas estão certas. Caso se confirmem, converse diretamente com seu filho sobre a situação.
  5. Crie cedo hábitos saudáveis anti-bullying. Ajude-o a desenvolver hábitos anti-bullying, já no jardim da infância. Treine seus filhos o que não fazer: bater, provocar, ameaçar, ser malvado com outros. Desvie o foco para a outra criança, explicando como ele se sentiria se estivesse no lugar do outro. Estas estratégias aumentam a empatia pelas outras pessoas. Igualmente, se não mais impostante, ensine o que ele deve fazer:  seja gentil, jogue limpo, etc. As crianças também precisam aprender a dizer não de maneira firme e como evitar que os outros sejam maus com elas. Explique o que ele pode fazer nesta situação: chame um adulto imediantamente, diga ao provocador para “parar”, saia andando e ignore. Estas técnicas devem ser repetidas durante todo o Jardim da Infância.
  6. Verifique qual a política anti-bullying é utilizada na escola de seu filho. Mesmo que seu filho nunca tenha participado de bullying, deve-se checar o que a escola faz para prevenir estes eventos. Pesquisas mostram que a política de “tolerância-zero” não são muito eficazes. O que funciona melhor é um programa de educação continuada que ajuda a criar um ambiente saudável na escola. Isto significa ensinar as crianças, de todos os níveis, como ser líderes inclusivos e como ter empatia em relação aos outros. Além de ensinar técnicas de resistência às vítimas. Se a escola não possui políticas anti-bullying, está na hora de conversar com o diretor.
  7. Estabeleça regras em casa contra o bullying. Seus filhos precisam ouvir de você explícitamente que isto não é legal e não será tolerado. Garanta que eles saibam que as agressões incluem a parte física, verbal e social (seja na escola, com os irmãos, com os vizinhos ou online). Converse sobre segurança e que você está ali para ajudá-los. Eles também precisam saber o que é bullying (muitas crianças não entendem que estão sendo agentes do bullying em relação aos outros), e que este comportamento causa danos e não é aceitável. 
  8. Previna seu filho caso ele seja testemunha. Pesquisas evidenciam que as crianças que testemunham o bullying se sentem incapazes de intervir. Entretanto, crianças que agem tem um impacto positivo na situação. NUNCA é responsabilidade da criança se colocar em perigo, que apenas um “Pare! Você está machucando” pode ser efetivo. Crianças podem se ajudar provendo suporte a vítima ao invés de dar atenção extra ao agressor. Além de reportar o ocorrido a um adulto. 
  9. Ensine seu filho sobre cyberbullying. As crianças geralmente não sabem o que é cyberbullying, ou seja, enviar mensagens ou imagens maldosas, rudes ameaçadoras ou vulgares;  postar informações privadas sobre outra pessoa; se fazer passar por outra pessoa para que esta pareça má; intencionalmente excluir alguém de um grupo online. Estes atos causam tantos danos quanto a violência física e não podem ser tolerados. Quanto mais tempo um adolescente passa online, mas provável que sofra cyberbullying. O ideal é limitar o tempo na Internet.
  10. Espalhe que bullying não deveria ser uma parte normal da infância. Alguns adultos ficam hesitantes em agir quando ouvem ou acabam sabendo de algum bullying, porque pensam que é típico da infância. É uma fase e vai passar. Isto ensina que a vida é dura.  Também é importante que o adulto entenda que o bullying não tem que ser uma passagem obrigatória na infância. Todas as formas de bullying são nocivas ao agente agressor, à vitima  e à testemunha. Muitas vezes com efeitos que são carregado para a fase adulta como: depressão, ansiedade, abuso de substâncias, violência familiar e comportamento criminoso. Esforços para eliminar o bullying requerem colaboração da escola, de casa e da comunidade. 

Envie os artigos que você lê a respeito para parentes, professores, educadores, etc. Assim este problema vai parar de deixar marcas em nossas crianças e, nas crianças de nossas crianças.

Descruzei os braços, pessoal. E vocês?

Bjs

Dani

Educação Infantil – Criando crianças de bom coração

10 dez

Queridos,

Neste blog vocês vão perceber minha tendência por textos construtivos. Admiro minhas palavras, mas também valorizo as dos outros. Acho que o que é bom edifica e tem que ser divulgado.

Abaixo, estão palavras lindas que espero que sirvam de exemplo para reconstruir nossa sociedade, que hoje anda na contramão, e, para que os pais se conscientizem em deixar valores de bondade à seus filhos.

“Bondade não está na moda. Crianças boazinhas passam a impressão de que estão com medo ou são meio lerdinhas. Por que isso? Porque os contravalores que a sociedade está construindo e a mídia divulgando são outros. Vencer é melhor. Ser o mais rápido, mais esperto ou mais forte é alvo da molecada. As mensagens divulgadas estão impregnadas dessas idéias, enquanto as que valorizam o “bom coração” nem aparecem.

Minha avó já dizia: “Marcos, vá brincar com aquele menino, ele tem bom coração.” Eu ia. Mesmo sem saber o que realmente isso significava. E as brincadeiras eram muito legais, a gente se divertia muito. Quando eu brincava com alguém que não recebia esse título, logo desistia. Eram brincadeiras de empurrar, bater, sacanear alguém, jogar pedras em cachorros, quebrar vidraças. Parecia diversão, mas não era. Ficava aquele gostinho de “eu não devia estar fazendo isso”. Minha consciência pesava. Fazer o mal a alguém ou a algum animal para se divertir não era certo, nem no passado nem hoje. Ninguém precisa da dor do outro para rir. Podemos rir de tantas outras coisas. Podemos rir de nós mesmos e das nossas trapalhadas. Humilhar alguém para aparecer na turma, para ser o “popular” não é o caminho ao qual devemos incentivar nossos filhos.

Como ensinar os valores corretos? Falando, explicando, mostrando o que é humilhação, mostrando a dor do outro e fazendo nossos filhos refletirem a respeito. Esse é o começo. Além disso, podemos incentivar e elogiar todas as vezes que nossos filhos apresentarem algum comportamento solidário, honesto ou de caráter. Isso os fará perceber que o caminho para a maturidade está na construção e não na destruição. Está em agir de forma a aproximar as pessoas ao invés de afastar.

Recentemente estive conversando com um empresário em um vôo para São Paulo. Conversávamos sobre contratação e demissão. Como é difícil acertar. Um dos critérios que ele utiliza para demitir é a forma como o funcionário fez amigos ou inimigos dentro da empresa. Tem gente muito chata, meticulosa, legalista, mas ajuda é solidário. Outros são barulhentos, divertidos, falastrões, mas não ajudam ninguém, são egoístas e autocentrados. Ficam esperando elogios ao invés de trabalhar e de levar outros consigo para a vitória. Querem vencer sozinhos. Esses não permanecem na empresa. Os que ficam são aqueles que, não importando a personalidade que tem, são amigos, batalhadores, que elogiam os colegas quando acertam e criticam quando erram, mas o fazem discretamente. Pessoas assim não crescem por acaso, não tem sucesso por sorte. Crescem porque desde a infância aprenderam a valorizar o outro. São pessoas de “bom coração”. ”

(Revista Viver Curitiba, 2010)

Crédito da Imagem: Blog Lysuziereflection

Todos preferem pessoas de bom coração, na teoria. Mas, muitas destas pessoas dão risada de piadas preconceituosas, alimentam a curiosidade da desgraça alheia, não estendem a mão a quem necessita, passam a perna nos outros quando vêem vantagens para si. As crianças percebem isso, assimilam.

Temos que colocar a bondade como filosofia de vida e valorizar quem faz. Só assim teremos o caminho para mudar essa herança.

Dani

 

Educação Infantil – Elogie do jeito certo

2 dez

Pessoal,

Vi um texto que me chamou a atenção. Acho que é uma lição muito legal para os pais de hoje e sempre. Leiam e pratiquem. Assim nossos filhos poderão salvar o mundo que nossa geração está tentando estragar. Quem sabe…

“Elogie do jeito certo

Recentemente um grupo de crianças passou por um teste muito interessante: psicólogos propuseram uma tarefa de média dificuldade, mas que as crianças executariam sem grandes problemas. Todas conseguiram terminar a tarefa depois de certo tempo.
Em seguida, foram divididas em dois grupos:

– O grupo A foi elogiado quanto à inteligência. Uau, como você é inteligente! Que esperta você é! Menino, que orgulho de ver o quanto você é genial! E outros elogios à capacidade de cada criança.
– O grupo B foi elogiado quanto ao esforço. Menina, gostei de ver o quanto você se dedicou na tarefa! Menino, que legal ter visto seu esforço! Que persistência você mostrou. Tentou, tentou, até conseguir, muito bem! E outros elogios relacionados ao trabalho realizado e não à criança em si.
Depois dessa fase, uma nova tarefa de dificuldade equivalente à primeira foi proposta aos dois grupos de crianças. Elas não eram obrigadas a cumprir a tarefa, podiam escolher se queriam ou não, sem qualquer tipo de consequência. As respostas das crianças surpreenderam.

A grande maioria do grupo A simplesmente recusou a segunda tarefa.  As crianças não queriam nem tentar.

Por outro lado, quase todas as do grupo B aceitaram tentar. Não recusaram a nova tarefa.
A explicação é simples e nos ajuda a compreender como elogiar nossos filhos: o ser humano foge de experiências que possam ser desagradáveis. As crianças inteligentes não querem o sentimento de frustração de não conseguir realizar uma tarefa, pois isso pode modificar a imagem que os adultos têm delas. Se eu não conseguir, eles não vão mais dizer que sou inteligente. As esforçadas não ficam com medo de tentar, pois mesmo que não consigam é o esforço que será elogiado.

No entanto, isso não é tudo. Além dos conteúdos escolares, nossos filhos precisam aprender valores, princípios e ética. Precisam respeitar as diferenças, lutar contra o preconceito, adquirir hábitos saudáveis e construir amizades sólidas. Não se consegue nada disso por meio de elogios frágeis, focados no ego de cada um. É preciso que sejam incentivados constantemente a agir assim. Isso se faz com elogios, feedbacks e incentivos ao comportamento esperado.
Nossos filhos precisam ouvir frases como: – Que bom que você o ajudou, você tem um bom coração. – Parabéns, meu filho, por ter dito a verdade apesar de estar com medo… Você é ético. – Filha, fiquei orgulhoso de você ter dado atenção àquela menina nova ao invés de tê-la excluído como algumas colegas fizeram… Você é solidária.

Elogios desse tipo estão fundamentados em ações reais e reforçam o comportamento da criança, que tenderá a repeti-los. Isso não é tática paterna, é incentivo real. Elogiar superficialmente é mais fácil para os educadores, pois tais expressões quase sempre são padrões e não exigem reflexão por parte de quem as diz. Mas, os pais esforçados não devem estar atrás de soluções fáceis, mas sim das melhores soluções para a educação de seus rebentos.
Aprendamos,assim, a elogiar corretamente, reforçando comportamentos positivos, contribuindo na formação de homens e mulheres de bem.”

Texto de Marcos Méier. Fonte: www.momento.com.br

Querido autor, suas palavras foram muito bem colocadas e a idéia do texto muito feliz.

Querida filha, espero que mamãe consiga fazer do jeito certo para que você possa ser a melhor pessoa que puder ser. Intenção não falta.

Dani