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Educação Infantil – As ações contra o bullying começam na sua casa

20 dez

Mães e Pais,

Ultimamente temos ouvido falar, em todos os jornais, sensacionalistas ou não, sobre bullying. O bulliyng é um termo americano que compreende comportamentos com diversos níveis de violência que vão desde chateações inoportunas ou hostis até fatos agressivos, sob forma verbal ou não, intencionais e repetidas, sem motivação aparente, provocado por um ou mais estudantes em relação a outros, causando dor, angústia, exclusão, humilhação e discriminação. Temos constatado que estes casos tem tomado uma proporção maior, tanto em número, como em nível de violência. Estes casos englobam também o bullying pela Internet.  Até professores e diretores vem sofrendo Bullying.

As escolas viraram campo de guerra? E nós? Vamos olhar para o outro lado e cruzar os braços? Será que esperamos que as escolas resolvam tudo e nós não podemos fazer nada?

As últimas pesquisas realizadas nos Estados Unidos mostram que metade de todas as crianças estão, em pelo menos 1 ocasião, diretamente envolvidas em Bullying , como agressores, ou vítimas, ou ambos. E muitos dos que não estão diretamente envolvidos, são testemunhas diárias de colegas que sofrem estas agressões. Nenhuma criança está imune – de nenhuma raça, sexo, ano escolar e posição sócio-econômica.

No Brasil, uma pesquisa feita pelo IBGE, mostrou que Brasília é a capital do Bullying, seguida de Curitiba. 

Segundo o site Education.com, as coisas não precisam ser assim. Os pais tem nas mãos o poder de reduzir as estatísticas do Bullying tomando 10 medidas preventivas:

  1. Fale e Ouça seus filhos diariamente. Pesquisas mostram que os pais geralemente são os últimos a saber que seu filho sofre ou provoca bullying. Deve-se encorajar nossas crianças a quebrar o elo se os convercermos a conversar frequentemente sobre suas vidas sociais. Gaste alguns minutos todos os dias perguntando diretamente sobre com quem passam o tempo na escola e na vizinhança, o que fazer no tempo entre as classes e no intervalo, com quem tomam os lanchinhos, ou o que acontece quando estão indo e/ou voltando da escola. Se a criança se sentir confortável em conversar com os pais ANTES de estarem envolvidos em um evento de bullying, as chances de se abrirem são maiores se algo acontecer.
  2. Visite a escola e a saída da escola. Pesquisas constataram que 67% dos bullyings acontecem quando os adultos não estão presentes. As maior parte das escolas não possuem recursos suficientes para fazer tudo sozinhas e precisam da ajuda dos pais para reduzir o bullying. 
  3. Seja um bom exemplo de liderança e gentileza. Seus filhos aprendem muito sobre poder nas relações observando os pais. Qaundo você fica bravo com um garçon, um vendedor, outro motorista na estrada, ou mesmo com seu filho, há uma grande janela de oportunidade de empregar um modelo de comunicação efetiva que sirva de exemplo. Não estrague tudo “soltando os cachorros”. Todas as vezes que você fala de forma abusiva com outras pessoas, você está ensinando bullying aos seus filhos e eles estão absorvendo que isto é normal.
  4. Aprenda os sinais. A maior parte das crianças não diz a ninguém (especialmente adultos) que sofreram bullying. Dessa forma, se torna de suma importância que pais e professores aprenda a reconhecer os possíveis sinais de quem está sendo vítima, como:  perda frequente de itens pessoais; reclamações de dores de cabeça, de estômago, de barriga para evitar os intervalos ou atividades escolares; chega cada dia mais cedo ou mais tarde. Se você tem suspeitas, converse com a professora ou encontre outras maneiras de observar seu filho e as interações com os colegas para determinar se suas suspeitas estão certas. Caso se confirmem, converse diretamente com seu filho sobre a situação.
  5. Crie cedo hábitos saudáveis anti-bullying. Ajude-o a desenvolver hábitos anti-bullying, já no jardim da infância. Treine seus filhos o que não fazer: bater, provocar, ameaçar, ser malvado com outros. Desvie o foco para a outra criança, explicando como ele se sentiria se estivesse no lugar do outro. Estas estratégias aumentam a empatia pelas outras pessoas. Igualmente, se não mais impostante, ensine o que ele deve fazer:  seja gentil, jogue limpo, etc. As crianças também precisam aprender a dizer não de maneira firme e como evitar que os outros sejam maus com elas. Explique o que ele pode fazer nesta situação: chame um adulto imediantamente, diga ao provocador para “parar”, saia andando e ignore. Estas técnicas devem ser repetidas durante todo o Jardim da Infância.
  6. Verifique qual a política anti-bullying é utilizada na escola de seu filho. Mesmo que seu filho nunca tenha participado de bullying, deve-se checar o que a escola faz para prevenir estes eventos. Pesquisas mostram que a política de “tolerância-zero” não são muito eficazes. O que funciona melhor é um programa de educação continuada que ajuda a criar um ambiente saudável na escola. Isto significa ensinar as crianças, de todos os níveis, como ser líderes inclusivos e como ter empatia em relação aos outros. Além de ensinar técnicas de resistência às vítimas. Se a escola não possui políticas anti-bullying, está na hora de conversar com o diretor.
  7. Estabeleça regras em casa contra o bullying. Seus filhos precisam ouvir de você explícitamente que isto não é legal e não será tolerado. Garanta que eles saibam que as agressões incluem a parte física, verbal e social (seja na escola, com os irmãos, com os vizinhos ou online). Converse sobre segurança e que você está ali para ajudá-los. Eles também precisam saber o que é bullying (muitas crianças não entendem que estão sendo agentes do bullying em relação aos outros), e que este comportamento causa danos e não é aceitável. 
  8. Previna seu filho caso ele seja testemunha. Pesquisas evidenciam que as crianças que testemunham o bullying se sentem incapazes de intervir. Entretanto, crianças que agem tem um impacto positivo na situação. NUNCA é responsabilidade da criança se colocar em perigo, que apenas um “Pare! Você está machucando” pode ser efetivo. Crianças podem se ajudar provendo suporte a vítima ao invés de dar atenção extra ao agressor. Além de reportar o ocorrido a um adulto. 
  9. Ensine seu filho sobre cyberbullying. As crianças geralmente não sabem o que é cyberbullying, ou seja, enviar mensagens ou imagens maldosas, rudes ameaçadoras ou vulgares;  postar informações privadas sobre outra pessoa; se fazer passar por outra pessoa para que esta pareça má; intencionalmente excluir alguém de um grupo online. Estes atos causam tantos danos quanto a violência física e não podem ser tolerados. Quanto mais tempo um adolescente passa online, mas provável que sofra cyberbullying. O ideal é limitar o tempo na Internet.
  10. Espalhe que bullying não deveria ser uma parte normal da infância. Alguns adultos ficam hesitantes em agir quando ouvem ou acabam sabendo de algum bullying, porque pensam que é típico da infância. É uma fase e vai passar. Isto ensina que a vida é dura.  Também é importante que o adulto entenda que o bullying não tem que ser uma passagem obrigatória na infância. Todas as formas de bullying são nocivas ao agente agressor, à vitima  e à testemunha. Muitas vezes com efeitos que são carregado para a fase adulta como: depressão, ansiedade, abuso de substâncias, violência familiar e comportamento criminoso. Esforços para eliminar o bullying requerem colaboração da escola, de casa e da comunidade. 

Envie os artigos que você lê a respeito para parentes, professores, educadores, etc. Assim este problema vai parar de deixar marcas em nossas crianças e, nas crianças de nossas crianças.

Descruzei os braços, pessoal. E vocês?

Bjs

Dani

Síndrome de Down – Inclusão Social de Anjos Especiais

5 dez

Queridos,

Sabemos que nem sempre todos os filhos nascem sem desafios extra nesta Terra. Nem sempre nascem com saúde e disposição 100%. Chegamos a comentar em outros posts neste blog sobre bebês prematuros (minha filha Clarissa). Neste será a Síndrome de Down, apreensão de todos os ultrassons e exames de mamães grávidas.

A Síndrome de Down é uma alteração genética originada no início da gravidez, na formação do bebê. As crianças com a Síndrome têm as mesmas necessidades que outra criança qualquer, apenas seu desenvolvimento é mais lento. Com paciência e estimulação constante, desde seu nascimento, os pais conseguem que desenvolva seu potencial. Elas estão mais sujeitas a problemas odontológicos, respiratórios, visão e audição, deficiência imunológica e outros.

Segundo a APAE:  “Todos os pais precisam de um tempo para se adaptar a todas as mudanças e não devem se culpar ou desanimar diante das dificuldades. Sua educação deve ser feita por uma escola regular, assim que adquirir certa independência. Embora essa crianças evoluam com atraso, nada impedem que aprendam suas tarefas diárias e participem de uma vida social familiar. A deficiência da mente, não permite, contudo, que elas resolvam problemas abstratos, que são muito complicados para elas, além da dificuldade em matemática. A teimosia e birra fazem parte do seu comportamento, havendo a necessidade da imposição de limites à elas.”

Inúmeros profissionais acreditam que a estimulação precoce ajuda no desenvolvimento de todas as crianças, mais ainda no caso das com Síndrome de Down. Pais: incentivem a brincadeira, as atividades, os estimulos visuais, auditivos, a convivência com outras pessoas e participação da vida social familiar.

Fala-se muito a respeito da inclusão escolar e social do indivíduo com Síndrome de Down, contudo se esquece de que quem apresenta e inclui a criança desde o nascimento na sociedade é a própria família.  Alguns pais de bebês, vítimas de um (pré) conceito internalizado, muitas vezes, enraizado e tácito, retraem-se do contato social aparentemente por temor ao preconceito alheio.  No entanto, não se dão conta de que através dos olhos de outros possam ver o reflexo de seus próprios afetos temidos e guardados, que freqüentemente despertam-lhes sentimentos de vergonha e culpa.

Cada um de nós constrói ao longo da vida suas crenças, valores, conceitos e mesmo preconceitos.  Este processo é uma construção em via de mão dupla com o meio em que vivemos.  Escrevemos a nossa história dentro de uma época, de uma família e de uma sociedade.  Sem este contexto, não poderíamos atribuir valor a nada nas nossas vidas.  São os nossos paradigmas.  Entretanto, pensando em práticas sociais, podemos dizer que o mundo de alguma maneira nos forma, mas também podemos dizer que formamos o mundo, pois são as nossas idéias, produto da nossa história com o nosso meio, que “realimentam” os paradigmas da nossa cultura.  Sendo assim, o preconceito social não existe como uma “entidade própria”, ele é constantemente reproduzido pela maioria de nós no cotidiano.

Muitos pais de crianças com Síndrome de Down, passaram grande parte da vida sem terem contato com nenhuma criança, adolescente ou adulto nestas condições.  Formaram (pré) conceitos sobre a síndrome e seus portadores, assim como todos nós formamos (pré) conceitos sobre uma infinidade de temas que genuinamente desconhecemos.  No momento que alguém se torna pai, mãe ou mesmo irmão de um bebê com Síndrome de Down seus preconceitos não desaparecem de imediato e isto pode causar muita dor e como já citamos há uma mistura de culpa e vergonha dos próprios sentimentos e da condição filho ou irmão.”

Fonte: http://www.portalsindromededown.com       Texto de:Fernanda Travassos-Rodriguez

Os pais não precisam ser superpais, precisam amá-los o bastante para tratá-los como iguais. E nós, da sociedade, temos que respeitá-las e fazer com que elas sejam parte integrante da sociedade, acabando com péssimo hábito da discriminação.

Hoje em dia, existem diversas entidades que ajudam pais e filhos nesta jornada. Uma delas é a Fundação Sindrome de Down. Se quiser se aprofundar sobre o assunto, acesse os Mitos e Verdades sobre a síndrome, clicando aqui.  O texto é muito elucidativo e auxilia os pais a desvendarem um pouco mais sobre seus filhos e também ajuda a sociedade a perder o preconceito.

Paulo e Dani